terça-feira, 5 de agosto de 2008

O abismo negro de sonhos esquecidos


Todas as coisas de que falo estão na cidade entre o céu e a terra. São todas elas coisas perecíveis e eternas como o teu riso a palavra solidária, a minha mão aberta ou este esquecido cheiro de cabelo que volta e acende a sua chama inesperada no coração.
Todas as coisas de que falo são de carne como o verão e o salário. Mortalmente inseridas no tempo, estão dispersas como o ar no mercado, nas oficinas,nas ruas, nos hóteis de viagem.
São coisas, todas elas,quotidianas, como bocas e mãos, sonhos, greves,denúncias,acidentes do trabalho e do amor. Coisas,de que falam os jornais às vezes tão rudes às vezes tão escuras que mesmo a poesia as ilumina com dificuldade.
Mas é nelas que te vejo pulsando,mundo novo,ainda em estado de soluços e esperança.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Arrependimento?? Agora, já não...


Quando atravessava a estrada da vida, Pelo caminho, muitas pessoas encontrei. De algumas, vagas lembranças guardei, E de outras, nem isso ficou. Mas de ti... Ah! Quão bons momentos eu guardei! Alguns foram momentos tão bem vividos, Outros tantos em zangas perdidas. E em nossos corações ficaram feridas.; Mas mesmo assim, permanecemos unidos. Contigo, o verdadeiro amor eu conheci Sorrir, chorar e lutar eu aprendi E tantas outras coisas eu adquiri. Só uma coisa eu não consegui: Conquistar-te... Assim... para sempre te perdi...

segunda-feira, 28 de julho de 2008

VAZIO



" Vazio, profundo e eterno, é o que sinto, a me perturbar, a me consumir. Já não sou mais humano, ainda não um deus e ainda não uma besta. Talvez mais humano do que eu gostaria de ser ou de admitir, pois sim, uma grande vitória não está em descobrir o que você realmente é, e sim admiti-lo. Qualquer verme pode descobrir quem realmente é, mas poucos podem aceitar o que são. Então eu olho em minha volta e tudo o que sinto é desprezo, ódio, fúria e uma terrível solidão. Sou único, sou uma espécie única vivendo no meio dos símeos sem cauda (e sem cérebro), envolto de ignorância tristeza, agonia. Este é minha terrível sina? A eterna solidão? Não quero sua misericórdia, pois dela não preciso, não iria mudar nada mesmo. Você não seria tão bom quanto eu, e eu não iria me rebaixar, jamais. Tenho então de me tornar um ser auto-suficiente, independente de outros. Mas até o mais perfeito sente necessidade de um beijo apaixonado, de um abraço amoroso, de uma noite de prazer, e eu não sou exceção a isso. Não pense que eu quero seus beijos sem gosto, seu falso abraço ou sua vagina banalizada, eles não iriam me satisfazer. Nada pode ser feito, só alimentar meu sonho que há outras como eu. Até lá, devo continuar no escuro, como sempre. "


Levy Henrique Bitencurt Filho

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Para ti...


Não sei o que te dizer..


Queria ter a palavra certa para ti, mas não consigo.


Apenas sei que estás a sofrer e como pessoa importante que és na minha vida, gostava de ter uma borracha para apagar tudo isso e viveres a vida como mereces, cheia de felicidade e alegrias constantes.


Estou aqui para ti. Para tudo.


Força.


Beijo grande.

O Sexo e a Cidade - O filme


Nova Iorque, griffes, beleza, vida cosmopolita, 4 mulheres à procura de algo que nem elas própria tem certeza do que será.
O Sexo e a Cidade; vi o filme este fim-de-semana com alguns amigos, e aquilo que parecia ser um filme que ia exibir apenas moda, mulheres quase prefeitas e contos de fadas acabou por mostrar, a realidade de muitas pessoas que cresceram numa grande cidade ou acabaram por se mudar para viver num ambiente mais mundano, cosmopolita. A mudança para a grande cidade para tentar uma vida melhor, com uma carreira de sucesso, estilo de vida e claro… Encontrar o grande amor da vida… Hmmm…
Por incrível que possa parecer (ou não), acabei por encontrar algumas semelhanças entre o filme e aquela realidade que ali se apresentava. Acredito mais numa grande amizade do que propriamente num grande amor. Assunto que também é retratado no filme, pois quando o amor falha, se não tivermos verdadeiros amigos, não temos ninguém…
Na era em que vivemos, encontrar um amigo, no sentido literal da palavra é bastante difícil, porém não posso deixar de dizer que o encontrei. Apesar de não ter 3 amigos assim e ser um grupo inseparável como no filme, até porque aí já é demasiada ficção, mas tenho bons amigos e um em particular. A esse que estou a dedicar este post neste momento. Temos de ir a Nova Iorque juntos. É uma promessa!!!!!
O amor é dedicado neste filme de uma forma que eu nunca tinha visto. Vejamos como a personagem Samantha, acaba por ter de admitir que por muito que ame uma pessoa, está intrínseco nela que não consegue ser fiel.
A questão que se debateu em mim, foi. Até que ponto é que eu também aguento uma relação?
Até que ponto eu deixei de ser racional a partir do momento em que me envolvi com uma pessoa?
Sinto que por vezes faço coisas que não devia, e noutras ocasiões acabo por abdicar de coisas que me custam abdicar. Chego apenas a uma conclusão. Sou uma daquelas pessoas que não se conseguem comprometer, que nunca conseguiriam casar, ou se o fizessem, não conseguiria ser feliz…
Sou uma pessoa com bons amigos a morar numa grande cidade, que tem uma vida cosmopolita e que não consegue abdicar disso por uma pessoa. Pelo menos por agora…
Para além do mais, este filme mostra como é importante sermos verdadeiros numa relação e como o falar pouco pode ser destruidor de uma relação.
Mais mais importante que tudo isto é que a amizade é sempre mais importante que o amor e não nos podemos descurar… Porque senão poderemos perder o melhor da vida.

sábado, 26 de abril de 2008

«Nos tempos que correm, já não há Deus nem Diabo. Há só pobres e ricos. E salve-se quem puder...»

Neste primeiro texto a publicar, quase que poderemos considerar uma introdução a este blog.. E para começar, gostava mesmo era de expor a minha análise meramente superficial, porém importante como a de qualquer pessoa, sobre a seguinte frase: «Nos tempos que correm, já não há Deus nem Diabo. Há só pobres e ricos. E salve-se quem puder...», do livro CONTOS EXEMPLARES de Sophia de Mello Breyner Andresen, oferecido pelo meu caro amigo Zé Costa, que descreveu-o (e muito bem), como um livro a que nos leva a viajar imenso!!

De facto acabo por descobrir com o passar do tempo e com a experiência que a vida nos proporciona com todo o tipo de episódios, aventuras, problemas, alegrias e tristezas, que se de facto existem Deus e Diabo, eles só podem estar completamente adormecidos. Vivemos num mundo onde cada vez mais ó ser humano é um individuo cada vez mais individual (eu próprio o sou bastante), mas que apesar de tudo, cada vez mais me parece a melhor forma de viver, porque se Deus e Diabo não estão a contribuir para a nossa vida então somos nós que decidimos os nossos próprios destinos, então, antes só que mal acompanhados. E faça-se notar que esta sociedade tem cada vez mais gente "azarenta"... Algumas chegam mesmo a não merecer o ar que respiram!!!! Mas isso, é a minha opinião. Portanto, salve se quem puder!! Eu já descobri como...